quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Capítulo IX


O baile segue noite adentro. A ultima a entrar fora Isabell, a favorita ao titulo de rainha do baile, que só constata o que todos já sabiam. Sua beleza e atrevimento são marcas da bela donzela. As luvas que usara realçavam sua condição social. Cabelos escorridos e escuros davam um contraste bonito a já maquiada face da ainda jovem garota.

Seus olhos brilhavam e tal como uma princesa, Isa, adentrara o salão principal causando um furor inigualável. Os rapazes que acompanhavam sua grande apresentação já deliravam, quando a jovem de classe alta acabara por mostrar a bela rasga na parte lateral de seu então inovador vestido.

O charme do vestido roxo com cortes diferentes, ainda era uma novidade vinda diretamente da Europa. Mas completamente adaptada aos padrões porto alegrenses, pela feminista Isabell. Suas formas e bem definidas pernas causaram delírio total e até certa surpresa aos que eram mais tradicionais.

Julita sequer vira a grande performance desta que seria sua grande rival ao prêmio de rainha do baile. O álcool que tomara fora suficiente para revelar seus verdadeiros instintos, muito bem aproveitados pelo então galanteador Vlad.

Entusiasmada e alcoolizada, Julita acabara adentrando no então conversível carro do mais famoso conquistador daquelas bandas. Vladimir a levara para seu apartamento e, como a fama que tinha, acabara por concretizar sua mais nova conquista.

Os poemas que recitara foram suficientes para deixar a ainda estonteante Julita em uma fácil conquista.

A jovem, que era considerada inocente por muitos, mostrara suas verdadeiras intenções e sentimentos. Fora conduzida aos atos mais reveladores, mas em nenhum momento obrigada.

Fizera tudo que sempre fantasiou, mesmo que em seu mais profundo subconsciente.

Já não era mais menina, porém este era um segredo seu e de Vladimir. Ao menos era isso que ela esperara.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Capítulo VIII


O salão principal do Royalty Palace estava decorado de forma sensacional. As mesas, que ficavam em torno de onde seria feito o desfile e a dança, eram decoradas com toalhas brancas e velas.

O tapete vermelho marcara a entrada dos pares para a grande cerimônia. Garçons mascarados davam um tom mais despojado e relaxante ao grande evento citadino.

As belas jovens começavam a chegar, acompanhadas por suas famílias, ou por seus ditos pares.

Julita adentra o recinto reservado onde todos que dançariam a famosa valsa pontualmente. No salão principal, sentados nas mesas iluminadas por castiçais, os familiares esperavam ansiosamente pelo começo da cerimônia.

Seria a quinta dentre as dez que dançariam. Os nervos a flor da pele deixavam o claro nervosismo da jovem garota.

A cerimônia começara no horário previsto, e as primeiras garotas já pisavam no tapete vermelho tão reverenciado. Uma a uma vão desfilando graciosidade.

Após o término da dança da quarta garota, Julita entra ao lado de Vladimir para pisar no tão sonhado tapete vermelho, que já havia consagrado muitas das belas mulheres da alta sociedade porto alegrense. O belo terno que Vlad vestia foi mero coadjuvante para a linda e bem vestida Julita.

O vestido branco que usara era deslumbrante e realçava seu belo colo. Pernas e ombros descobertos eram até então uma afronta para a sociedade atual, mas nada que não deixasse a todos deslumbrados com tamanho brilho no olhar da garota que adentrava a sociedade.

Seu cabelo castanho claro, puxando para o dourado reluzia em volto à luz das velas. O olhar que apaixonara a todos brilhou intensamente ao dançar a valsa de forma impecável. A bela postura e a desenvoltura com o salto alto demonstrara o árduo treinamento que fizera em casa.

Julita acabara por surpreender todos que haviam ido ao grande evento. Já era forte candidata ao titulo de rainha do baile. Sua forte personalidade, apesar da inocência se tornava suas principal vantagem perante as outras candidatas. Além é claro de sua bela performance e de sua beleza agora vista e revelada para todos.

A felicidade tomara conta da bela garota, alguns goles de bebida alcoólica eram necessários para assimilar tamanho acontecimento.

Incrédulo com o que havia visto, Vladimir acaba por olhar sua bela parceira com olhos de atração. Ficara estarrecido e tentara aproveitar a felicidade e a dita bebedeira que por hora tomavam conta da bela e deslumbrante Julita.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Capítulo VII


A semana passara vagarosamente e o final de semana demora a chegar. As aulas ocupam metade do dia dos jovens e ajudam a baixar a ansiedade, ou a aumentar com as fofocas que rolam nos intervalos. O assunto não pudera ser outro. O grande evento citadino está cada vez mais próximo, porém os dias parecem demorar a passar.

A quarta feira era de ensaios para as garotas e de ajustes para os rapazes. Tudo teria de estar perfeito para o grande sábado, nada poderia dar errado. Baseados nisso, os jovens faziam os últimos ajustes em seus ternos e o alfaiate Macedo trabalhara muito por essa época do ano.
Enquanto isso na Escola Metropolitana, o ensaio reunia todas as garotas que dançariam com seus pares no grande e vistoso baile.

Julita aprendia os primeiros passos da famosa valsa, enquanto Isabell e suas amigas ditas populares já dominavam a arte da dança.

Envergonhada, mas com muita vontade de mostrar que conseguiria, Julita parte em direção a sua casa, pronta para aprender e surpreender a todos. Era uma das grandes virtudes da tímida, porém bastante persistente garota.

O vestido que não ficara bom em seu corpo já era passado e o novo que ganhara de seu par Vladimir acabara por realçar seus belos ombros. Julita preparava tudo para uma noite perfeita e começara a olhar com bons olhos o que seria seu par no grande baile.

O presente dado concedeu a Vlad o patamar de bom e confiável moço perante ainda insegura, tratando-se de garotos, Julita.

Isa definira seu par, e acabara escolhendo o bonito Roberto Pires, filho do então juiz Marcos Pires. Alguém que mesmo não se equiparando a bela garota em beleza e elegância era do mesmo nível social que a donzela tão pretendida.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Capítulo VI


A cidade respirava a semana do grande baile de formatura. A alta sociedade estaria em peso e todos já arrumavam os preparativos do grande evento citadino. O salão reservado era o do hotel Royalty Palace, situado no centro da capital.

A ansiedade tomava conta das jovens garotas que desfilariam sobre o tapete vermelho mais desejado do estado. Com seus vestidos de seda, muitas vezes usando coroas e jóias, as garotas adentrariam o salão principal acompanhadas de seus pares.

O comércio já vivia o ar do famoso baile, e lucrava de forma absurda. Eram costureiras atarefadas com vestidos e empórios encarregados do abastecimento e da organização do salão.
A festa tão esperada aconteceria somente no sábado à noite, porém em plena segunda feira já se escutava cochichos sobre quem iria levar a coroa de rainha do baile.

Aos poucos e sem pressa, Julita experimentava o vestido velho que fora de sua mãe e que agora usaria nesta ocasião tão especial. Os ajustes que fizera não ficaram de bom grado, e sua estima para o grande evento já começara a ser afetada. Era de tom azul turquesa, feito de seda e cortado, formando um grande decote. O que não era a melhor opção, já que a bela jovem não tinha bustos avantajados. No entanto, a importância que dava a este baile não se equiparava a forma como as outras meninas tratavam tal evento.

Julita sequer tinha sapatos para a festa e apesar da condição financeira boa, a bela garota já demonstrava ser consciente, ao dizer que não gostara de gastar em coisas fúteis para ser usado uma única vez.

Pelas bandas da alta sociedade, Isabell vai a mais fina costureira da capital. Após as medidas tiradas a jovem autoritária proclama que seu vestido é prioridade e que deve ser entregue em até dois dias. Sua alta condição financeira e social permite-lhe abusos de autoridade e até humilhar as pessoas de classes inferiores.

A rica garota vive a intensa dúvida de escolher seu par. Vários pretendentes apresentaram-se, mas nenhum que ficasse ao nível de sua beleza e de sua classe.

Era candidata forte ao topo de rainha do baile e todos queriam estar ao seu lado, assim conquistando o posto de rei.

A semana recém começara e os boatos são grandes. Águas vão rolar e o grande baile promete muito.

Capítulo V - Vladimir


O belo Vladimir, do topete modelado pela brilhantina e do bigode arrebitado, parecia ser um rapaz sério. O terno xadrez, que por diversas vezes usara, era sempre acompanhado do elegante cachimbo italiano que ganhara de presente do então vice-governador de São Paulo. Ao menos era isso que ele contava.

Dizia-se mercador de iguarias de um grande empório das bandas paulistas e viera ao Rio Grande atrás de novos produtos. Logo de sua chegada, e com boas referencias o então jovem mercador ganhará fama entre as moças da alta sociedade. Seu modo de andar e suas ditas boas amizades em São Paulo também lhe renderam bons círculos de negócios.

O empório Siqueira & Campos fora o primeiro a demonstrar interesse no trabalho e na experiência do jovem, porém, vivido rapaz paulista. O que ele dizia ser uma busca por novos produtos, acabou se transformando em algumas consultorias quanto à área de vendas. Virara palestrante e dava conselhos aos mercadores e afins quanto a vendas e tratamento de clientes.

Sua fama que já era grande viera a se multiplicar e o malandro rapaz acabara por mudar seus planos. O dinheiro fácil, sem pequenos furtos e trapaças, o seduzira o suficiente para passar mais tempo que deveria na capital dos gaúchos.

Freqüentava os melhores e mais conceituados restaurantes. Sempre convidado aos bailes que aconteciam na alta sociedade e sempre aparecia na companhia de alguma bela moçoila. Sua lábia de farsante o ajudara com as mulheres, não que isso fosse necessário, já que elas que o usavam para se promover na sociedade.

Era um poeta da noite, bebia e declamava seus causos a quem quisesse escutar, diria que era charmoso e tratava a todos de bom grado. Tinha o carinho e o respeito da população porto alegrense, mas estava cansado das mesmas conversas, das mesmas mulheres e de ser usado por elas. Estava à procura de revigorar sua habilidade de manipular.

As freqüentes saídas noturnas não lhe renderam bons frutos e fora no trabalho matinal que acabar encontrando a que seria a vitima ideal para mais um de seus golpes.

Após o turno escolar, Julita dirigia-se ao empório que antes era de seu avô e que agora seu pai tomara conta, para ajudar nas vendas. O jovem Vlad como era conhecido fazia a parte administrativa do empório Siqueira & Campos, e ficara encantado ao saber que Julita, apesar de estar na flor da idade, ainda não se importara com bailes e garotos. O sorriso meigo e ingênuo por hora até fizeram o golpista titubear em sua decisão, mas nada que não fosse passageiro.

A investida fora dada para o baile de formatura do primeiro ano que Julita estava na escola. O jovem galanteador tomou posição e acabara por convidá-la ao baile. Sem par e diante de tão formoso rapaz Julita não tivera como negar tamanho convite e tamanha satisfação, apesar do desaprovo ferrenho do pai.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Capítulo IV - Julita


Porto alegrense de nascença a bela garota dos olhos cor de mel nem sempre viveu na capital dos gaúchos. Crescendo em meio ao interior do estado, a jovem Julita se tornou ingênua demais para a idade que tinha. O infortúnio da morte de seu avô trouxe sua família de volta a cidade grande.

Os negócios do grande Siqueira Campos, agora seriam administrados pelo seu genro, o pai de Julita.

O convívio em grande massa ainda era uma novidade para a inocente garota que tivera de abandonar as amizades da roça para voltar ao grande centro. Os negócios iam de vento em polpa e possibilitaram a matrícula da antes menina do interior em uma das mais tradicionais escolas da capital. A Metropolitana como era conhecida, era dotada de alto conceito perante a sociedade.

Não demorara muito para Julita perceber que seu convívio não seria fácil nesta nova etapa de sua vida. Apesar da pouca idade e do olhar ingênuo, logo notara que era mal vista por aquelas que se diziam nobres na escola. O jeito meigo e simpático que por vezes lhe rendera boas amizades, agora era tratado como um defeito e muitos a caçoavam por tais virtudes.

A pouca estatura que tinha era compensada com a inteligência acima da média e isto bastava como resposta para os por ela não tinham simpatia.

Seu primeiro ano na nova escola passara depressa e mesmo que sem muitas amizades ela sentia enorme felicidade, pois estava podendo aproveitar de umas das melhores instituições de ensino do sul do país.

Seus belos olhos eram atrativos para os que apreciavam sua beleza. Castanho claro, quase puxando para um dourado era a cor de seus longos cabelos lisos. Sardas pelo rosto mostravam a descendência germânica. O jeito de se vestir ainda trazia as influências do campo. A rosa que trazia atrás da orelha era algo curioso se fossemos comparar as outras garotas de mesma idade.

O caminhar em cima do salto alto chegava a ser engraçado, visto que jamais havia calçado algo de tamanho desconforto, porém de tamanha importância social.

Capítulo III - Isabell


O anoitecer iluminado pela lua cheia revela os constantes adultérios na cidade mais desenvolvida do estado. Os cabarés costumam ficar lotados e as cafetinas lucram como nunca por estas bandas. O comissário de policia, que no decorrer do dia mantém a cidade segura, agora se torna fiel cliente das ditas “mulheres da vida”.

A vida fácil seduz a muitas garotas que não tem mais nada a perder na vida. O dinheiro por vezes pode ser o principal objetivo, mas nem todas o fazem por uma vida melhor. Algumas das mais belas e elegantes que trabalham no “Valentine’s Bar” são de famílias nobres de outros estados e fazem programas por diversão. São estudantes que tem os estudos bancados por seus pais e além do prazer estão atrás de quantias financeiros para manter um alto padrão de vida.

Mariza Gomes estuda na escola metropolitana e a noite é garçonete no Valentine’s Bar. As aulas de dança que tem as tardes no colégio serviram de base para performance de stripper que executa todas as noites. A jovem que recém fizera 17 anos é colega de classe da sempre elegante Isabell de Barros Meirelles. Isa como já fora mencionada é uma garota misteriosa, mas que se revela em companhia de seus amigos. Filha de Ricardo Meirelles e Flávia de Barros Meirelles.

A família Meirelles chegou à cidade de Porto Alegre vindos do Rio de Janeiro por motivos de negócios de seu patriarca. Negócios que não são claros até o momento, mas que como a insinuante Isabell são, de total forma, misteriosos.

Cabelos longos e escuros; pele bronzeada das praias cariocas e sorriso encantador. O cheiro de alfazema é notado por todos que estão a sua volta e é uma marca da bela jovem sempre bem arrumada. Sapatos de salto alto, vestidos quase sempre floridos e cintos que modelam sua bela cintura são sempre acompanhados de um chapéu típico de jovens viajadas que conhecem a cultura européia.

Personalidade forte e de certa forma arrogante mostra uma garota que tem seus objetivos bem definidos. A feminilidade é notada mesmo quando está a praticar esportes e ao discutir com seu pai sobre seus direitos. Defensora da maior liberdade às mulheres, a bela Isa costuma ser muito cortejada pelos rapazes que ficam enlouquecidos com seu jeito elegante de seduzir.

As amizades que tem parecem ser todas falsas. Apesar de ter uma dita boa vida, a jovem demonstra tamanha depressão e acaba apelando ao álcool e as drogas para se satisfazer, como muitos dos jovens da época fazem. O destempero e o fechar dos olhos de seus pais parecem incomodar a jovem que faz de tudo para chamar a atenção, mesmo que sem sucesso.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Capítulo II.


O dia começa cedo pelos interiores do estado do Rio Grande do sul. De charrete o leite e as verduras plantadas são levados até a capital para o abastecimento do grande centro.

O sol sequer raiou e puxado por seus bois, Mary vai à direção da desenvolvida Porto Alegre.

Branca feito leite, com as canelas finas e os pés sujos de uva a dita interiorana é chamada de colona pelas bandas da cidade que ela ajuda a manter com seus suprimentos.

A vida continua sendo dura com Julita, que acaba por vagar a cidade em busca de alimentos e abrigo. A bela garota que tinha em seu sorriso a principal característica agora vê constantemente a expressão de dor e angustia por seu futuro incerto. A sujeira das ruas repercute no trajar de Julita que maltrapilha sequer consegue trocados na esquina.

A prostituição apesar de ser uma boa saída, não seduziu a pobre garota que acredita poder mudar seu rumo e desafiar as leis da desigualdade social.

Debaixo da marquise da Fruteira Gonçalves era o abrigo ideal, protegida da chuva e alimentada pelas sobras da tenda que costumeiramente iriam fora. O destino apronta das suas e acaba por botar frente a frente a jovem interiorana, a fim de prosperar sua família, com a jovem, e já bastante vivida, garota deserdada da cidade.

A vida segue pela provinciana capital dos gaúchos e na parte nobre da cidade, Isa mostra todo seu glamour nos bailes de final do ano, porém nos bastidores revela toda sua farsa de boa moça ao drogar-se e abusar do álcool quando esta em companhia de seus ditos amigos. As orgias que comete são disfarçadas com boas quantias financeiras que dá aos que descobrem suas peripécias e seu falso moralismo.

Em contra ponto as falsas amizades e subornos, surge à amizade verdadeira entre duas pessoas de culturas tão diferentes, mas que buscam o mesmo sonho. Melhorar de vida e dar uma resposta à sociedade que as destrata e que preconceituosamente as faz sentir excluídas.

Capítulo I - Apresentações


Era madrugada na capital Porto Alegre. Nas ruas ladrilhadas, porém ainda mal iluminadas, pairavam os ratos, absolutos em meio a uma cidade em tamanho crescimento.

Não passavam de meados de 30, e a constante na capital dos gaúchos eram os assaltos envoltos as madrugas escuras e gélidas da capital. O desemprego já era realidade e as pessoas se aglomeravam em volta de fábricas à busca de empregos, cada vez mais escassos.

Sob estas condições vive Julita. Deserdada por sua família, a jovem, que dos dezessete não passa, busca emprego e abrigo para escapar do intenso frio que as madrugadas de inverno reservam aos que na rua tem sua residência.

Acostumada a viver no conforto da alta sociedade, Julita teve de abdicar de tudo isso quando se envolvera com um golpista mau caráter que lhe tira toda sua branda inocência.

Ao se render ao belo rapaz, de bigode bem feito e arrebitado nas pontas, Julita não poderia imaginar que estaria entrando na pior fase de sua vida. Jamais poderia pensar que um momento tão mágico, para ela, seria o começo de uma batalha pela sobrevivência.

Desonrada, e agora deserdada por seu próprio pai, a ainda jovem garota teve que refazer seu destino. A busca por seus sonhos foi deixada de lado, enquanto buscara nada mais que sua sobrevivência.

A pobre menina percebe que fora humilhada ao ter a ajuda negada por entes e, até então, amigos próximos.

Do outro lado da cidade e freqüentando bons colégios está Isabell. Ela é mais conhecida por Isa, em meio à sociedade que vive. A jovem Isa vem de uma família nobre e é uma das mais cobiçadas moçoilas da época. Seu prestigio é tanto que é uma das favoritas ao trono do baile anual.

A bela Isabell é misteriosa e esconde muitos segredos. Tem em sua personalidade forte um ponto que incomoda as outras mulheres. Sua beleza é outro atrativo, tal como simpatia e seu ar misterioso, que deixa os homens fascinados.