quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Capítulo V - Vladimir


O belo Vladimir, do topete modelado pela brilhantina e do bigode arrebitado, parecia ser um rapaz sério. O terno xadrez, que por diversas vezes usara, era sempre acompanhado do elegante cachimbo italiano que ganhara de presente do então vice-governador de São Paulo. Ao menos era isso que ele contava.

Dizia-se mercador de iguarias de um grande empório das bandas paulistas e viera ao Rio Grande atrás de novos produtos. Logo de sua chegada, e com boas referencias o então jovem mercador ganhará fama entre as moças da alta sociedade. Seu modo de andar e suas ditas boas amizades em São Paulo também lhe renderam bons círculos de negócios.

O empório Siqueira & Campos fora o primeiro a demonstrar interesse no trabalho e na experiência do jovem, porém, vivido rapaz paulista. O que ele dizia ser uma busca por novos produtos, acabou se transformando em algumas consultorias quanto à área de vendas. Virara palestrante e dava conselhos aos mercadores e afins quanto a vendas e tratamento de clientes.

Sua fama que já era grande viera a se multiplicar e o malandro rapaz acabara por mudar seus planos. O dinheiro fácil, sem pequenos furtos e trapaças, o seduzira o suficiente para passar mais tempo que deveria na capital dos gaúchos.

Freqüentava os melhores e mais conceituados restaurantes. Sempre convidado aos bailes que aconteciam na alta sociedade e sempre aparecia na companhia de alguma bela moçoila. Sua lábia de farsante o ajudara com as mulheres, não que isso fosse necessário, já que elas que o usavam para se promover na sociedade.

Era um poeta da noite, bebia e declamava seus causos a quem quisesse escutar, diria que era charmoso e tratava a todos de bom grado. Tinha o carinho e o respeito da população porto alegrense, mas estava cansado das mesmas conversas, das mesmas mulheres e de ser usado por elas. Estava à procura de revigorar sua habilidade de manipular.

As freqüentes saídas noturnas não lhe renderam bons frutos e fora no trabalho matinal que acabar encontrando a que seria a vitima ideal para mais um de seus golpes.

Após o turno escolar, Julita dirigia-se ao empório que antes era de seu avô e que agora seu pai tomara conta, para ajudar nas vendas. O jovem Vlad como era conhecido fazia a parte administrativa do empório Siqueira & Campos, e ficara encantado ao saber que Julita, apesar de estar na flor da idade, ainda não se importara com bailes e garotos. O sorriso meigo e ingênuo por hora até fizeram o golpista titubear em sua decisão, mas nada que não fosse passageiro.

A investida fora dada para o baile de formatura do primeiro ano que Julita estava na escola. O jovem galanteador tomou posição e acabara por convidá-la ao baile. Sem par e diante de tão formoso rapaz Julita não tivera como negar tamanho convite e tamanha satisfação, apesar do desaprovo ferrenho do pai.

2 comentários:

  1. Olha ele! Todo metido, ate seguidor ja tem..aefjeiaoj :P
    Teus textos continuam bons, eu continuo lendo e tenho preguiça de comentar, então toda vez que ler eu vou comentar nem que seja uma virgula aqui só pra ti não ficar enchendo depois, certo? D:
    E ah, to sempre aqui, oks. AEIUFJAEIFOEJ. beeijo chato :*

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  2. Vlad tirou a inocência de Julita ><

    Menino mal ><

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